sexta-feira, 22 de maio de 2009

Debate equilibrado e até interessante

Vi o debate dos candidatos às eleições Europeias e até gostei. Correu com dignidade sem atropelos e até com momentos de vivacidade muito interessantes. Adorei o cumprimento à filha que fez o FLetra demonstrando que os políticos são pessoas normais e não uns bichos raros, como muitas vezes, nos querem fazer querer.

Não gostei das interrupcções do jornalista Roquelino Ornelas, acho que ele fez alguma confusão porque naquele debate não competia a ele dar opinião, isso é o que ele faz, e bem, no dossier de imprensa. Também não gostei de ver que os jornalistas falavam entre si quando um dos candidatos estava a falar, acho que deviam levar a estratégia mais acertada antes de entrarem no estúdio. De resto correu tudo com muita cordialidade.

Sobre os candidatos, disseram o que pensavam e defendiam os seus partidos. Claro que tenho o meu preferido, e ele sabe disso, mas à excepcção do JI, que parecia estar a mais ali, porque não tinha ideias próprias mais parecia, um apêndice de alguém, gostei da prestação dos restantes, tendo ficado provado que afinal é possível debater entre seis pessoas diferentes, e que a Madeira não é excepcção, porque é assim que tem sido feito no País.

Ficaram claras divirgências de fundo entre os vários projectos, sobretudo em relação à forma como são gastos os milhões que têm vindo da U.Europeia e sobre o Off Shore e o Centro Internacional de Negócios.

É claro que ouve candidatos mais concretos e objectivos a defender os seus pontos de vista, é claro que os da continuidade estavam mais incomodados, é claro que alguns não gostam de ouvir opiniões diferentes das suas e têm dificuldades em ficar calados, mas o debate também é isso mesmo e debater nunca fez mal a ninguém, pelo contrário é da discussão que nasce a luz.

Para os que começam a defender debates a dois, talvez porque o seu candidato não brilhou muito, cuidado, porque se não for com equilíbrio, voltamos a tratar uns candidatos de diferente maneira, aparecendo uns de primeira e outros de segunda, o que não é democrático e não deve acontecer.

Todos devem ter as mesmas oportunidades e não deve existir à partida uns mais importantes que outros. Pelo menos é o que penso.

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