quarta-feira, 10 de março de 2010

O PEC dos trabalhadores e reformados que paguem a crise

Mais uma vez a vontade de escrever neste espaço foi abaixo, demasiadas vezes para o meu gosto, mas acontece, porque isto de escrever o que se pensa por vezes não é fácil.Também a situação está complicada mas ao mesmo tempo é tudo tão repetido, vazio de ideias que nem sequer dá vontade de contestar. Nem o próprio dia da Mulher me entusiasmou, o que não deixa de ter alguma gravidade, ou não, porque a situação não está para muitos entusiasmos.

Agora apareceu o PEC de Sócrates, esse sim picou-me para intervir porque, por mais que dê voltas à minha memória, sempre que aparecem esses PEC(s), são para descarregar a crise sobre os mesmos, que no caso concreto é a chamada "classe média" que já devia começar a chamar-se, para não gerar mais equívocos a, "classe odiada"pelo poder, tenha ele a cor que tiver.

E não venham com os argumentos que é cortando alguns benefícios fiscais a quem ganha mais de 1500 euros que se resolve a crise do País. E os bancos que continuam a ter lucros altos o que vai ser-lhes exigido? E aos offshores vão continuar com as isenções? E aos que continuam a fugir ao fisco o que vai acontecer-lhes? E ao corte nas ajudas escandalosas aos chefes e acessores dos vários orgãos de Estado? E aos altos salários como o do governador do banco de Portugal vai continuar? E, E, E,...

É que não dá para acreditar nas "boas intenções" deste PEC que continua a deitar as culpas da crise sobre os funcionários públicos, sobre os reformados/as e sobre os que precisam de recorrer à ajuda do Estado para poder sobreviver. Isto é escandaloso!

Mas quem elegeu esta gente para nos governar foi a maioria do povo. Como estou farta deles...

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