quarta-feira, 17 de março de 2010

Tenho andado intrigada com os locais escolhidos para albergar as pessoas desalojadas

Tenho andado intrigada com uma questão, que por mais voltas que dê à cabeça não consigo encontrar resposta: Porque será que as pessoas desalojadas foram albergadas na casa de saúde do Trapiche e no RG3?

Com tantos apartamentos por ocupar,( fala-se em 20 mil) com tantos hoteis a meio gás, não existiu nenhuma alma caridosa que se disponibiliza-se para, provisóriamente, acolher em melhores condições de privacidade, estas pessoas?

Já pensaram como é difícil explicar o que é estar a viver numa casa de saúde mental ou num quartel para soldados com disciplina militar?

Não ouço ninguém falar disto parece que todos concordam mas que é triste para quem não tem outra saída lá isso é.

Existem tantos Hoteleiros, que se dizem muito humnistas, mas parece que é só para os seus interesses porque, para estender a mão a quem precisa, está quieto porque o que interessa é que vem aí a festa da flor e é preciso encher. É claro com o inteiro apoio do GR.

Coitados dos que ficaram sem nada e que ainda por cima têm que viver em lugares tão tristes...

quarta-feira, 10 de março de 2010

O PEC dos trabalhadores e reformados que paguem a crise

Mais uma vez a vontade de escrever neste espaço foi abaixo, demasiadas vezes para o meu gosto, mas acontece, porque isto de escrever o que se pensa por vezes não é fácil.Também a situação está complicada mas ao mesmo tempo é tudo tão repetido, vazio de ideias que nem sequer dá vontade de contestar. Nem o próprio dia da Mulher me entusiasmou, o que não deixa de ter alguma gravidade, ou não, porque a situação não está para muitos entusiasmos.

Agora apareceu o PEC de Sócrates, esse sim picou-me para intervir porque, por mais que dê voltas à minha memória, sempre que aparecem esses PEC(s), são para descarregar a crise sobre os mesmos, que no caso concreto é a chamada "classe média" que já devia começar a chamar-se, para não gerar mais equívocos a, "classe odiada"pelo poder, tenha ele a cor que tiver.

E não venham com os argumentos que é cortando alguns benefícios fiscais a quem ganha mais de 1500 euros que se resolve a crise do País. E os bancos que continuam a ter lucros altos o que vai ser-lhes exigido? E aos offshores vão continuar com as isenções? E aos que continuam a fugir ao fisco o que vai acontecer-lhes? E ao corte nas ajudas escandalosas aos chefes e acessores dos vários orgãos de Estado? E aos altos salários como o do governador do banco de Portugal vai continuar? E, E, E,...

É que não dá para acreditar nas "boas intenções" deste PEC que continua a deitar as culpas da crise sobre os funcionários públicos, sobre os reformados/as e sobre os que precisam de recorrer à ajuda do Estado para poder sobreviver. Isto é escandaloso!

Mas quem elegeu esta gente para nos governar foi a maioria do povo. Como estou farta deles...

terça-feira, 2 de março de 2010

Falta a verdade dos números!

Vi o espectáculo da SIC dedicado à Madeira e gostei de muitas actuações, por acaso de alguns dos meus artistas favoritos/as.

Gostei do espírito de solidariedade manifestado pelos portugueses, eu própria também contribui, mas dispensava perfeitamente as intervenções, dos mesmos de sempre. Até os representantes,das chamadas colectividades de Santo António e Ribeira Brava, mais não são ,do que os responsáveis do poder laranja para controlar as pessoas nesses locais.

Só mesmo para o Continente é que esta gente passa como voluntários associativos, porque quem os conhece, sabe, que a sua missão não é desinteressada, bem pelo contrário, é ao serviço do controlo partidário sobre as populações.

Também tenho seguido atentamente as notícias e quase já não falam dos desaparecidos e da contradição do número de mortes. Ainda Domingo verifiquei que o DN publicou a lista com os nomes das 42 vítimas, oficiais, e no mesmo DN, vinha um anúncio de um funeral de um rapaz chamado Sardinha Camacho, que foi residente em Santo António, e que não constava dessa lista.

Esta questão preocupa-me porque tínhamos o direito a saber o que realmente se passa, até porque sou daquelas que não acreditam que nos parques do Sr AH não fosse encontrado ninguém sem vida. Ele para continuar o negócio chorudo precisa que a opinião pública pense que nos seus parques aconteu um milagre, não é por acaso que nos últimos dias ele passou a ser o porta voz oficial sobre esse problema. Mas alguém acredita verdadeiramente nisso?

E sobre os desaparecidos como é que reduziram de 18 para 8, de um dia para outro, sem aumentar o número de mortes? Pelo menos tivessem dado uma explicação dizendo onde estavam cada um dos encontrados, até para podermos acreditar e ficar mais confiantes que não nos estão a enganar.

E não venham com o problema dos boatos, porque há muito boa gente, que andou no terreno, e que faz parte de importantes Instituições, a afirmar, à boca pequena, que morreram muitas mais pessoas, incluindo nos parques de estacionamento.

A opinião pública tem direito à verdade e não venham com o bicho papão do turismo porque não é esse problema que vai afastar ningué, pelo contrário, ficar a dúvida é bem pior.