terça-feira, 27 de outubro de 2009

E os direitos dos não crentes?

Aprendi a gostar de ler Saramago com o "Evangelho" o primeiro livro que li, por acaso durante umas férias, e que para mim foi como se estivesse a ler um "best Seller", enquanto não cheguei ao fim não consegui parar de ler.

Desde essa altura fiquei fã da sua forma de escrever e li outras obras. Gostei mais de umas do que de outras, mas apreciei sobretudo as suas pequenas memórias, pela simplicidade de quem fala da sua vida humilde sem complexos, ao contrário de outras pessoas que conheço que inventam antecedentes familiares, que nunca existiram, pensando que assim ficam mais importantes.

Esta recente polémica sobre o seu último livro de certa forma surpreendeu-me, sobretudo porque considero que José saramago não precisa de tanta publicidade, violenta, para vender um livro. Acho mesmo que as opiniões que ele transmitiu não foram com essa intenção mas sim o de opinar sobre o que pensa, da bíblia e de Deus, e isso ninguém lhe pode proibir, mesmo que essas ideias possam parecer aos crentes provocações. Então os não crentes não são todos os dias bombardeados com ideias provocadoras de quem acredita em seres superiores?

Fala-se muito nos direitos dos crentes mas nunca se fala, que os outros que não acreditam, também devem ter os mesmos direitos de se expressarem, com o mesmo à vontade, e foi isso que fez José Saramago.

Sobre Caim já estou a ler e estou a adorar.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Anarquia ao poder, já!

Depois de conhecidos os resultados eleitorais, particularmente no Concelho que se julga superior aos outros- o Funchal, só me apetece dizer: Viva a anarquia, viva o espalhafato, viva a aldrabice, viva a palhaçada ( sem ofensa para os verdadeiros palhaços de profissão)!

O povo superior do Funchal preferiu eleger pessoas que não conhece, algumas delas nunca residiram no Funchal, como uma tal f... do Coelho que nem deve conhecer o nome das freguesias mas passa a ser deputada municipal do Funchal. E é isto inteligência superior? Então deixem-me ser burra porque assim não obrigada!

Ainda continuo a preferir um projecto sério e com propostas a estas decisões dum povo cada vez mais anarca e a burrifar-se para isto tudo. É lamentável mas é o que temos. Enfim, a vida felizmente, que não acaba nem começa em eleições, mas que dá pena dá.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Precisa-se de poder a sério sem espectáculos degradantes

Defenitivamente não gosto da política espectáculo sem propostas e só com folclore para dar nas vistas.

Não gosto de partidos que contratam artistas para gozarem da política e achincalharem o que deve ser considerado um serviço público.

Não gosto que gozem das pessoas e as utilizem a seu belo prazer a troco de dinheiro. Não gosto de "políticos" que só se servem da política para achincalharem ainda mais o trabalho sério que alguns (poucos) ainda fazem durante todo o ano e não só quando dá jeito.

É por isso mesmo, que mais uma vez, estou contra que a campanha para as autárquicas esteja a servir de palco a mais umas fantochadas que só levam a mais descrédito e que ajuda a aumentar a abstenção.

Está em causa eleger os representantes do poder local e não uns senhores que só estão interessados em continuar a enxovalhar esse mesmo poder, dando uma ajuda preciosa a que tudo fique na mesma e tenhamos que aturar os mesmos durante mais 4 anos.

Era bom pensarmos se é isto que realmente interessa ou se não estão todos combinados para não aumentar a outra oposição, mais séria e mais credível, porque esses sim é que podem incomodar verdadeiramente o poder instalado há mais de 30 anos.

Até Domingo ainda estão a tempo de reflectir.

Para os que não criticam este tipo de acções e ainda por cima as apoiam, como tenho lido em alguns blogues, acho que devem reflectir sobre o que realmente querem para esta Região e não correrem atrás de "correntes"que são autênticas fantochadas para desviarem a atenção do que realmente é mais importante.